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SENGE-RS iniciou sua nova gestão, eleita em 2023



Com olhar atento aos rumos do movimento sindical, do mercado de trabalho e da atuação dos profissionais engenheiros, o SENGE-RS iniciou sua nova gestão, eleita em 2023, dando prosseguimento ao seu processo de adaptação e transformação para enfrentar os desafios do atual contexto econômico e social, e da representatividade sindical.


Tendo um Planejamento Estratégico como fio condutor, o Sindicato buscou a renovação do seu quadro diretivo, incentivando a formação e participação de novas lideranças, em equilíbrio com a vasta experiência daqueles que há algum tempo vêm trabalhando na construção de uma entidade que hoje é referência nacional para o movimento sindical.

Nesta gestão, que estará à frente do SENGE-RS no período de 2023 a 2026, os vice-presidentes José Luiz Azambuja e João Leal Vivian, junto ao presidente Cezar Henrique Ferreira e os 73 diretores de todas as instâncias, serão responsáveis por dar continuidade às ações necessárias para enfrentar essa nova realidade.


O engenheiro agrônomo José Luiz Azambuja já presidiu o SENGE-RS por duas gestões (2008-2011 e 2011-2014), além de atuar como diretor de Relações Internas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) também por dois mandatos. Atualmente é diretor administrativo da FNE, conselheiro no Colégio de Entidades Nacionais, órgão consultivo do CONFEA onde representa a FNE, e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários (CNTU).


O engenheiro Civil João Leal Vivian foi diretor de Negociações Coletivas adjunto do SENGE-RS (2017 – 2023) e conselheiro titular da Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA-RS (2015-2017 e 2018-2020). Atualmente, é pesquisador na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia – SICT, diretor técnico adjunto da Associação Brasileira de Engenheiros Civis – ABENC-BR e presidente da ABENC – Departamento do Rio Grande do Sul.


Desafios do movimento sindical

 Em uma análise sobre os desafios do movimento sindical frente às intensas transformações nas relações de trabalho, os vice-presidentes José Luiz Azambuja e João Leal Vivian destacaram alguns pontos fundamentais que vêm norteando a atuação do SENGE neste cenário.

Azambuja apontou a habilidade e disposição para a negociação coletiva como alguns dos principais desafios. “Esse sempre foi o papel dos sindicatos, mas diante das transformações que estamos vivendo, mais do que nunca é preciso redobrar, reforçar, investir nessa questão da negociação. O segundo desafio é fortalecer a representatividade. Os sindicatos passam por uma campanha muito grande de ataques e de desvalorização, com muitos discursos que não retratam exatamente o trabalho realizado pelas entidades e que precisam ser superados e, sobretudo, transformados no sentido de demonstrar para a categoria profissional que o seu sindicato está ao lado dos trabalhadores. Também importante salientar que, obviamente, não estamos contra as empresas. Pelo contrário: reconhecemos a sua importância para a geração de empregos e renda e, portanto, buscamos uma relação respeitosa com os empregadores, mas sem abrir mão das nossas prerrogativas e do nosso dever estatutário de representação dos profissionais.”

Para Vivian, as flexibilizações e mudanças ocasionadas pela Reforma Trabalhista acrescentaram novos desafios aos sindicatos, cuja grande maioria teve comprometida a sua viabilidade financeira. No entanto, para o SENGE-RS, esse cenário oportunizou conquistas para os seus representados.  “Digamos que hoje, precisamos ser um sindicato 4.0, que atue em diversos eixos e não apenas no sindicalismo tradicional diante das novas necessidades e demandas do mercado de trabalho. Isso significa que, neste momento de transformações tão profundas, precisamos entregar valor ao associado em diversos eixos: na ação sindical por meio das negociações coletivas, na oferta de um amplo portfólio de benefícios e serviços, no apoio e qualificação profissional, e na atuação institucional com o foco no interesse público, contribuindo em temas da Engenharia, debates e expertise técnica em favor da sociedade. Precisamos de um formato de sindicalismo adequado a essa nova realidade, com o foco objetivo de acolher e atender toda a categoria, independente do formato da contratação. Esse é um dos nossos norteadores.”

 

Mobilização e isenção político-partidária

Azambuja ressalta que o SENGE-RS e a Federação Nacional dos Engenheiros, à qual o sindicato é filiado, têm um longo histórico de mobilizações em defesa de pautas relevantes para a Engenharia, para os profissionais engenheiros e engenheiras, e para o interesse público. “As entidades já protagonizaram inúmeras iniciativas junto ao Poder Público, nas suas mais diversas instâncias regulatórias, legislativas e decisórias, contribuindo sempre de forma propositiva, com um viés técnico e isento de influências político-partidárias. Dialogamos sobre o desenvolvimento, inovação, tecnologia, meio ambiente, agricultura, produção de alimentos, extensão rural, entre outras pautas que também passam pela Engenharia, visando sobretudo a construção de um futuro melhor para todos.”

Para o engenheiro Vivian, sermos percebidos por nossa diversidade e isenção em termos de política partidária, amplia a confiança e a participação de um número crescente de pessoas. “Nossa diversidade, ao contrário da maioria dos sindicatos, é nosso maior patrimônio. Temos atuado para o SENGE-RS ser fonte de informação técnica à mídia e a sociedade. Apesar de estarmos imersos na representação da categoria, entendemos que é necessário agregar oportunidades de qualificação técnica por meio de palestras, congressos e eventos e com isso contribuir em debates de interesse da categoria e da sociedade em nível de Estado e Brasil. Isso é um pouco do sindicato 4.0, com conselho de representantes repleto de doutores, mestres e especialistas em sintonia com as novidades tecnológicas, mudanças climáticas e necessidades dos profissionais e da cadeia produtiva da Engenharia” explica o vice-presidente. Ele ainda ressalta a mobilização em defesa da presença do Estado em setores estratégicos, como saneamento, energia, assistência técnica e extensão rural pública, meio ambiente, inovação, ciência, tecnologia e no planejamento dos projetos socioeconômicos de desenvolvimento. “Infelizmente, a realidade nos impõe sermos resistência ao sucateamento, aos desprestígios e a desvalorização das estruturas públicas e dos seus profissionais, muitas vezes com experiência e qualificação superiores à média do setor privado. É um desperdício deixarmos de converter esta expertise em favor da população, principalmente dos setores em vulnerabilidade. Também ao protagonizarmos o debate em torno de pautas de interesse público, destacamos o papel e a importância dos profissionais no equacionamento e nas soluções técnicas em benefício de todos”.

 

Crescimento do quadro social e força nas negociações coletivas

Azambuja aponta que o SENGE-RS é uma das poucas entidades sindicais do país que segue um Planejamento Estratégico de gestão há vários anos. Neste Planejamento, um dos principais tópicos é o fortalecimento contínuo da representatividade, bem como da participação dos profissionais dentro do seu sindicato, sejam eles atuantes no setor público, ou na iniciativa privada. Isso porque, mais do que nunca, com a Reforma Trabalhista a negociação se tornou essencial para preservar as conquistas já consolidadas e ampliar benefícios, alcançar reajustes satisfatórios e outras cláusulas relevantes para a categoria. E isso não se conquista de outra forma que não seja pela negociação. “Com a Reforma, uma parte dos trabalhadores optou por se desvincular das suas entidades sindicais, o que impacta diretamente a força e a representatividade nas negociações junto aos empregadores. Precisamos, portanto, sensibilizar a categoria para que nossos colegas possam reivindicar suas demandas e o sindicato possa atuar ativamente da construção da pauta e da defesa de reivindicações consideradas importantes pelos profissionais. A negociação individual, como muitos apregoam, querem e acham possível fazer, expõe o trabalhador, o que não é necessário que aconteça pois é uma questão que o sindicato pode e deve representar. Então, no nosso Planejamento Estratégico, temos como tarefa indelegável a busca constante por novos sócios e assim, reforçar nossa presença nas mesas de negociações”, diz Azambuja. “Essa gestão que se iniciou vem dar continuidade ao aprimoramento dos processos de negociação coletiva e ampliação do trabalho realizado até aqui pelo SENGE-RS. Durante a pandemia, muitas coisas mudaram no que tange aos hábitos das pessoas em geral, e também inovações surgiram em diversas áreas. Estamos, portanto, nos empenhando em oferecer serviços e benefícios cada vez mais relevantes aos nossos sócios e seus dependentes”.

Vivian também salienta o desafio de ampliar a participação da categoria em assembleias e deliberações. “Precisamos ampliar o trabalho de base e reforçar a cultura do pertencimento, do associativismo, do sindicalismo, criando um ambiente acolhedor e com entrega de valores ao associado e demais representados”, explica. Vivian acrescenta que, frente as relações de trabalho em constante transformação, plataformas digitais e novas modalidades de trabalho, é preciso estar atento a essas novas demandas e oportunizar estruturas e ambientes de acolhimento e proteção para todos, independente da modalidade de trabalho e modelo de contratação. “Hoje, um engenheiro vinculado a uma empresa no Estado pode estar em teletrabalho, morando em outro Estado ou até outro país. Precisamos estar atentos para que cláusulas tradicionais contidas em normas coletivas de trabalho não sejam inócuas a esses trabalhadores, como plano de saúde, seguros, vale alimentação, entre outras. É preciso atenção também às “modernizações do trabalho” e o “falso empreendedorismo”. Para isso, esses engenheiros e engenheiras precisam participar ativamente da sua entidade representativa, de forma que possamos estar a par destas demandas e alinharmos nossa ação sindical a este novo cenário”, diz.

 

Responsabilidade Social

Também é intenção do SENGE-RS apoiar a continuidade do Programa SENGE Solidário, iniciativa através da qual profissionais voluntários se credenciam para oferecer apoio técnico a entidades assistenciais e comunidades que necessitam de serviços de Engenharia e não têm condições de arcar com os custos de contratação. Diversas ações já foram realizadas no Estado, através de projetos, orientação técnica em construções, reformas, instalações hidrossanitárias, elétricas, de hortas comunitárias, ensinando leitura e interpretação de projetos, acesso à internet solidária e outras tantas formas possíveis de auxiliar a quem precisa.

Azambuja reafirma a importância do Programa. “Nosso intuito é que esse trabalho se amplie, levando o conhecimento técnico dos engenheiros e engenheiras para os locais mais vulneráveis. As inscrições para aqueles que queiram participar do Programa podem ser feitas a qualquer momento. As entidades que precisam de apoio podem encaminhar suas necessidades ao Sindicato para análise e, na medida do possível, poderão ser atendidas”


Fonte SENGE - RS


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